25 de agosto de 2010

DOENÇA DO CARRAPATO - ERLICHIOSE

Conhecida popularmente como “doença do carrapato”, a Erlichiose é uma doença transmitida por carrapatos do gênero Rhipicephalus sanguineus, muito comum em cães (seus hospedeiros principais) e rara em gatos.
Nos cães, o carrapato transmissor da doença é o Erlichia canis. A transmissão se dá quando o carrapato ataca um cão já contaminado pela Erlichia se contaminando e, posteriormente, ao atacar um cão sadio, faz com que a doença penetre em sua corrente sanguínea, causando anemia pela destruição das células vermelhas.
Os sintomas apresentados por um animal infectado dependem da reação do organismo à infecção. A Erlichiose pode se desenvolver em 3 fases.
Na 1ª, chamada fase aguda (onde o animal doente pode transmitir a doença e ainda é possível que se encontre carrapatos), os sintomas como febre, falta de apetite, perda de peso e uma certa tristeza podem surgir entre uma e três semanas após a infecção. É possível, também, que o animal apresente sangramento nasal, urinário, vômitos, manchas avermelhadas na pele e dificuldades respiratórias. Nessa fase, nem sempre o dono percebe os sintomas e, conseqüentemente, que o animal está doente.
Na fase subclínica, que pode durar de 6 a 10 semanas (sendo que alguns animais podem nela permanecer por um período maior), o cão é, aparentemente, saudável sem que apresente nenhum sintoma clínico, apenas alterações nos exames de sangue. Somente em alguns casos o cão pode apresentar sintomas como inchaço nas patas, perda de apetite, mucosas pálidas, sangramentos, cegueira, etc.
Na 3ª fase, chamada de fase crônica, os sintomas são percebidos mais facilmente como perda de peso, abdômen sensível e dolorido, aumento do baço, do fígado e dos linfonodos, depressão, pequenas hemorragias, edemas nos membros e maior facilidade em adquirir outras infecções.
Quanto mais cedo for diagnosticada a doença, maiores são as chances de sucesso no tratamento. O diagnóstico pode ser feito através de exame de sangue completo ou por exames específicos, como imunofluorescência direta, etc.
A Erlichiose é tratável em qualquer fase. O tratamento é feito à base de medicamentos, sobretudo os aintibióticos sendo que, às vezes, o tratamento deve ser complementado com aplicações de soro ou transfusões de sangue.
A melhor forma de prevenir que o animal não contraia a doença é a eliminação dos carrapatos encontrados no cão (inclusive dos cães que vivem dentro de casa), o controle deles no ambiente (que deve ser constantemente desinfetados) onde o animal vive, assim como o uso de produtos veterinários preventivos, como coleiras, sabonetes carrapaticidas uma vez que não há vacina contra a doença.

FONTE: fasproteçãoanimal

11 de agosto de 2010

Ração de cachorro pode deixar crianças doentes, diz relatório dos EUA

DA ASSOCIATED PRESS

Comida para cachorros e gatos pode deixar crianças doentes, alerta um relatório do governo dos EUA, que detalha o primeiro surto conhecido de salmonela em humanos, principalmente em crianças pequenas, associado à alimentação animal. 
A surto deixou 79 pessoas doentes em 21 estados, principalmente no leste, entre 2006 e 2008. Quase metade das vítimas eram crianças abaixo de 2 anos.

Rações secas para animais são uma fonte desconhecida de infecção de salmonela em humanos, e é provável que outras doenças, desde então, foram causadas por esse alimento, segundo Casey Barton Behravesh, autora do relatório e pesquisadora do Centro Federal de Controle de Doenças e Prevenção.

Pelo menos seis recalls de ração, independentes entre si, foram emitidos este ano por parte dos fabricantes por causa da possível contaminação por salmonela, de acordo com dados do FDA (órgão que fiscaliza alimentos e medicamentos nos Estados Unidos, similar à Anvisa). O porta-voz do órgão, Ira Allen, disse que não houve relatos de doença causada por salmonela relacionada a comida de cachorro, desde o surto entre 2006 e 2008. 

Um relatório sobre o surto foi publicado nesta segunda-feira pela revista médica Pediatrics. 
Não há casos conhecidos de humanos e salmonela ligados à ração fresca para animais.
O surto foi atribuído à bactéria salmonela encontrada em diversos tipos de ração seca para cães e gatos, incluindo Pedigree e Special Kitty. 

Enquanto as crianças mais novas foram mais afetadas, não há nenhuma prova de que elas ficaram doente por comer alimentos para animais, disse Behravesh. Elas provavelmente foram infectadas por tocar animais afetados ou pratos sujos de alimentos para animais e, em seguida, levar suas mãos à boca, disse ela.
Os sintomas incluem diarreia com sangue e febre. Pelo menos 11 pessoas foram hospitalizadas; nenhuma morreu. 

Não houve relatos de animais doentes, mas os investigadores encontraram a bactéria salmonela em amostras de fezes de animais sem sintomas que comeram o alimento contaminado.
Aquecer a ração durante a fabricação do alimento geralmente mata os germes da salmonela. Behravesh disse que a contaminação pode ter ocorrido durante o processo em que as bolinhas de ração são pulverizadas com intensificadores de sabor. 

Duane Ekedahl, presidente da Pet Food Institute, um grupo de fabricantes de comércio, disse que o público não deve se preocupar excessivamente com a alimentação animal como fonte de salmonela.
'As empresas estão muito atentas e em raras ocasiões quando isso ocorre, os produtos são retirados do mercado', disse ele. 

Os autores do estudo aconselham pediatras a perguntarem sobre o contato com animais de estimação em visitas ao médico e ao avaliar os sintomas de doenças infecciosas.

Para reduzir os riscos de infecção em casa, também recomendaram:
- lavar as mãos após o contato com animais de estimação, ração e tigelas;
- limpar com frequência tigelas para ração e áreas de alimentação;
- manter crianças menores de 5 anos longe de alimentos para animais e áreas de alimentação;
- limpar os pratos de comida e de água dos animais de estimação em uma pia separada, não na cozinha;
- evitar lavar crianças na pia da cozinha. 

Fonte.: Folha Uol 
 
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