30 de dezembro de 2009

Culpado ou inocente? – O ar de culpa nos cães

O cenário é clássico… o dono chega a casa após um extenuante dia de trabalho… abre a porta… para encontrar o sofá roído, urina no chão… o stress aumenta… ele olha para o seu cão e aí está ele, com um ar culpado, que indica claramente o peso na consciência pelos estragos que fez! Ou será que não?...

O “ar de culpa” é um clássico, facilmente reconhecido por qualquer dono de um cão: o animal evita contato ocular com o dono, agacha-se, podendo mesmo deitar-se de lado ou de barriga para cima, a cauda cai, abanando baixa e rapidamente, as orelhas encostam à cabeça, que também fica baixa, o cão afasta-se do dono, poderá levantar uma pata, tentar lamber.

Mas será que a manifestação do “ar de culpa” corresponde efetivamente a um sentimento de culpa por parte do animal relativamente a uma ação que tenha cometido? Num artigo publicado recentemente, Alexandra Horowtiz, Professora Assitente no Barnard College em Nova Yorque (EUA) mostra-nos que não.
Imagem
©Nicole Holte
A experiência é extremamente simples – aos donos dos cães estudados foi pedido que saíssem da sala, após terem dado ao seu cão uma ordem para não comerem uma guloseima que lhes foi disponibilizada. Enquanto o dono estava fora, em alguns casos a guloseima era oferecida aos cães para comerem, noutros era retirada para impedir que a comessem. Em alguns ensaios, aos donos era-lhes dito que os cães tinham comido a guloseima proibida, noutros ensaios era-lhes dito que os cães se tinham comportado de forma adequada e não tinham comido a guloseima. No entanto, a informação transmitida ao dono nem sempre era verdadeira. No caso em que lhes era dito que o cão tinha desobedecido, os donos tinham de o repreender, e quando lhes era dito que o cão se tinha portado bem, deveriam felicitá-lo.

O que foi constatado é que a expressão do “ar de culpa” por parte dos cães não estava relacionada com o fato de terem ou não comido a guloseima proibida. Os cães que comeram a guloseima não exibiram mais comportamentos associados ao “ar de culpa” do que os cães que não comeram. Pelo contrário, foram detectados mais destes comportamentos quando os cães eram repreendidos pelos seus donos, independentemente de terem desobedecido ou não. Mas, os cães que corretamente não tinham comido a guloseima e que eram repreendidos pelos seus donos mostravam um “ar de culpa” mais intenso que o dos cães efetivamente culpados de desobediência ao dono. Ou seja, os comportamentos que os donos identificam como expressão de culpa não estão associados com a culpa real do cão, mas com a percepção de culpa por parte do dono!

Este estudo não permite saber se os cães são ou não capazes de sentir culpa. Os resultados obtidos somente indicam que aquilo que as pessoas interpretam como uma expressão de culpa por parte do cão, por este compreender a sua desobediência, é apenas uma resposta (aprendida ou instintiva) a uma pessoa zangada ou que o repreende.

O “ar de culpa” faz parte do comportamento de submissão nos cães. Logo, é uma resposta destinada a apaziguar o seu dono, alterado com a situação com que se depara (quer seja desobediência como no caso deste estudo, ou um sofá roído como no exemplo que abriu este artigo), não implicando necessariamente um real sentido de culpa.
Fonte.: http://www.animalia.pt/canal_detalhe.php?id=506&canal=ARTIGO

28 de dezembro de 2009

Feliz Natal e Feliz Ano Novo a todos !!!


  Merry Christmas and Happy New Year 
Feliz Navidad y Próspero Año Nuevo  
Čestit Božić i Sretna Nova godina  
Glædelig jul og godt nytår  
Hyvää Joulua ja Onnellista Uutta Vuotta 
Καλά Χριστούγεννα και Ευτυχισμένο το Νέο Έτος 
Prettige Kerstdagen en Gelukkig Nieuwjaar 
Merry Christmas agus Athbhliain Bliain 
クリスマスと新年あけましておめでとうございます 
عيد ميلاد مجيد وسنة جديدة سعيدة 
聖誕快樂,新年快樂 

21 de dezembro de 2009

Mitos e verdades sobre a castração


A castração ainda é um assunto bastante polêmico para os proprietários de animais de estimação. Está associada à imagem de cães e gatos gordos e letárgicos, "cirurgia cruel", "mutilação do animal", etc.. É preciso desvendar o que há de falso e verdadeiro sobre a castração e entender bem quando ela é recomendada.


"A castração deixa o animal gordo"
Falso. A castração pode causar aumento do apetite, mas se a ingestão de alimento for controlada e o dono não ceder às vontades do animal, o peso poderá ser mantido. Observa-se que animais castrados quando jovens, antes de completar 1 ano de vida, apresentam menos sinais de aumento de apetite e menor tendência a se tornarem obesos. A obesidade pós castração é causada, na maioria das vezes, pelo dono e não pela cirurgia.


"A castração deixa o animal bobo"
Falso. O animal ficará letárgico após a castração apenas se adquirir muito peso. Gordo, ele se cansará facilmente e não terá a mesma disposição. A letargia é conseqüência da obesidade e não da castração em si. Os animais na fase adulta vão, gradativamente, diminuindo a atividade. Muitos associam erroneamente esse fato à castração.


"A castração mutila o animal, é uma cirurgia cruel!"
Falso. A cirurgia de castração é simples e rápida e o pós-operatório bastante tranqüilo, principalmente em animais jovens. É utilizada anestesia geral e o animal já estará ativo 24 horas após a cirurgia. Não há nenhuma conseqüência maléfica para o animal que continuará a ter vida normal.


"A castração evita câncer na fêmea"
Verdadeiro. As fêmeas castradas antes de 1 ano de idade, têm chance bastante reduzida de desenvolver câncer de mama na fase adulta, se comparado às fêmeas não castradas. A possibilidade de câncer de mama é praticamente zero quando a castração ocorre antes do primeiro cio. A retirada do útero anula a chance de problemas uterinos bastante comuns em cadelas após os 6 anos de idade, cujo tratamento é cirúrgico, com a remoção do órgão.


"O macho castrado não tem interesse pela fêmea"
Falso. Muitos machos castrados continuam a ter interesse por fêmeas, embora ele seja menor comparado a um animal não castrado. Se o macho é castrado e há uma fêmea no cio na casa, ele pode chegar a cruzar com ela normalmente, sem que haja fecundação.


"Castrando os machos eles deixam de fazer xixi pela casa"
Verdadeiro. Uma característica dos machos é demarcar o território com a urina. Se o macho, cão ou gato, for castrado antes de um ano de idade, ele não demarcará território na fase adulta. A castração é indicada também para animais adultos que demarcam território urinando pela casa. Nesse último caso, pode acontecer de animais continuarem a demarcar território mesmo após a castração, pois já adquiriram o hábito de urinar em todos os lugares.


"Deve-se castrar a fêmea após ela ter dado cria"
Falso. Ao contrário do que alguns pensam, a cadela não fica "frustrada" ou "triste" por não ter tido filhotes. Essa é uma característica humana que não se aplica aos animais. Se considerarmos a prevenção de câncer em glândulas mamárias, ela será 100% eficaz, segundo estudos, se feita antes do primeiro cio. O ideal é castrar o quanto antes.


Para que castrar os machos?
1. Evitar fugas.
2. Evitar o constrangimento de cães "agarrando" em pernas ou braços de visitas.
3. Evitar demarcação do território (xixi fora do lugar).
4. Evitar agressividade motivada por excitação sexual constante.
5. Evitar tumores testiculares.
6. Controle populacional, evitando o aumento do número de animais de rua.
7. Evitar a perpetuação de doenças geneticamente transmissíveis como epilepsia, displasia coxo-femural, catarata juvenil, etc.. (em animais que tiveram o diagnóstico dessas e outras doenças transmissíveis aos descendentes).

Se levarmos em conta quantas vezes um animal macho terá oportunidade de acasalar durante toda a sua vida reprodutiva, seria mais conveniente diminuir sua atração sexual pelas fêmeas através da castração. O animal "inteiro" excita-se constantemente a cada odor de fêmea no cio, sem que o acasalamento ocorra, ficando irritado e bastante agitado, motivando a fuga de muitos. O dono precisa vencer o preconceito, algo que é inerente aos humanos apenas, e pensar na castração como um benefício para seu animal.

Para que castrar as fêmeas?
1. Evitar acasalamentos indesejáveis, principalmente quando se tem um casal de animais de estimação.
2. Evitar câncer em glândulas mamárias na fase adulta.
3. Evitar piometra (grave infecção uterina) em fêmeas adultas.
4. Evitar episódios freqüentes de "gravidez psicológica" e suas conseqüências como infecção das tetas.
5. Evitar cios.
6. Controle populacional, evitando o aumento do número de animais de rua.
7. Evitar a perpetuação de doenças geneticamente transmissíveis como epilepsia, displasia coxo-femural, catarata juvenil, etc.. (em animais que tiveram o diagnóstico dessas e outras doenças transmissíveis aos descendentes).

É errado o conceito de que a castração só deve ser feita em cadelas de rua. Se o proprietário não tem intenção de acasalar sua fêmea, seja ela de raça ou não, é desnecessário enfrentar cios a cada 6 meses, riscos de gravidez indesejável e, principalmente, de doenças como câncer de mama e piometra. A castração garante uma vida adulta bastante saudável para as fêmeas e bem mais tranquila para os donos.
Fonte.: webanimal

16 de dezembro de 2009

Minha primeira tosa !!!



 
 
 

13 de dezembro de 2009

O ponto de vista do cão

Os cientistas começam a desvendar um mistério
milenar: como os cachorros veem o mundo
e por que eles são tão apegados a seus donos


Leandro Narloch
Dorling Kindersley/Getty Images



Não há parceria como a do homem com o cão. Ainda assim, em termos de estudos científicos, os ratos recebem maior atenção que o cachorro. Devido a seu uso como cobaia, sabe-se quase tudo sobre o comportamento dos roedores e até já se descobriu como tornar sua existência mais longeva. Por outro lado, o convívio por mais de 14 000 anos permitiu ao homem entender, na prática, bastante bem o comportamento canino. Mas também levou à concepção emotiva de que, de certa forma, o totó tem um lado humano, ainda que insista em fazer xixi no poste. Sobre esse assunto já não se está completamente no escuro. Uma série de estudos recentes lançou luzes sobre, digamos, a vida interior dos cães. Obviamente, o que se está descobrindo nada tem de humano.
A apreciação científica mais completa sobre a mente canina está no livro Inside of a Dog: What Dogs See, Smell and Know ("Dentro de um cão: o que os cães veem, cheiram e sabem", em inglês), da americana Alexandra Horowitz. Desde o lançamento, no início de setembro, a obra está na lista das mais vendidas. Psicóloga da Universidade Colúmbia, com especialização em ciência da cognição, Alexandra se propõe a explicar o que significa ser um cachorro. Em outras palavras, como é o mundo do ponto de vista canino. Cinco meses atrás, a Universidade Harvard abriu um laboratório de pesquisas com 1 000 cães, e a Universidade Duke, na Carolina do Norte, vai abrir o seu neste mês. "O número de estudos sobre cães aumenta porque esses animais, antes estigmatizados pela ciência, são tão interessantes para as pesquisas de convívio social quanto os chimpanzés", diz o biólogo Marc Hauser, chefe do Laboratório de Evolução Cognitiva de Harvard. No início deste ano, ele deixou a pesquisa de primatas para se dedicar aos cães.
Apesar de toda nossa convivência com os cães, talvez seja mais simples entender os chimpanzés, primos na árvore da evolução. Os cães percebem o mundo de um modo tão próprio que só pode ser descrito por analogias. Para poder explicar, a psicóloga Alexandra Horowitz tentou imaginar a vida do ponto de vista de um animal cujo sentido principal é o olfato. Para os cães, o cheiro equivale à visão humana. É o primeiro recurso usado para reconhecer o ambiente ao redor. Quando acordam, esses animais farejam a casa para saber se algo aconteceu enquanto dormiam. Dependendo da raça, um cão pode ter entre 200 milhões e 300 milhões de receptores de olfato nas narinas. O nariz humano só tem 5 milhões. Odores imperceptíveis para nós, como os das moléculas de ácido butírico provenientes das células da epiderme, deixadas por uma presa, compõem para os cães um rastro que pode ser seguido com segurança.
O cão tem maior interesse pelo que é cheirado do que por aquilo que é visto. Paisagens que deixam as pessoas boquiabertas só se tornam interessantes para um canino se o vento trouxer algum cheiro significativo. Cheirar o sapato de um recém-chegado, para um cão, é uma experiência que rende informações que o homem não tem como obter sozinho. O animal consegue saber por onde a pessoa andou e com que frequência esteve naquele lugar, se teve contato com outros animais, se fez sexo recentemente, se está tomada pelo medo ou pela ansiedade. O tempo como uma cadeia contínua de eventos nada significa para o cão. Tempo também é cheiro. Essa capacidade funciona como um relógio sem ponteiro: o passado, para um cachorro, significa odor enfraquecido; um fato novo tem fragrância forte. Ele realmente é capaz de prever chuva, como se acredita tradicionalmente. Não se trata de clarividência, e sim da transmissão pelo vento do cheiro da tormenta que se aproxima. "Imagine se cada detalhe de nosso mundo visual tivesse um odor correspondente", escreveu Alexandra Horowitz. "Para um cão, cada pétala de rosa pode ser diferente, pois foi visitada por insetos que deixaram indícios olfativos de sua presença." O olfato age até mesmo enquanto os cães dormem. O homem, que tem a visão como sentido primordial, sonha com imagens. Provavelmente, o sonho dos cães é repleto de odores. O costume dos donos e veterinários de lavar os cães com xampus cheirosos é terrível para eles. Funciona como se fosse apagada a memória dos episódios das últimas semanas. "A menor fragrância dos produtos de limpeza é quase um insulto olfativo para o cão", escreve Horowitz.
Com um nariz tão desenvolvido, os cães se valem de olhos e ouvidos como sentidos complementares. A gama de cores que os cães percebem varia entre o azul, o verde e o amarelo, com menos nuances de tons que as captadas pelo olho humano. Com um número menor de fotorreceptores que o olho humano, eles têm dificuldade em ver objetos próximos. Em compensação, a visão periférica pode ser sensacional em certas raças, chegando a 270 graus (a do homem é de apenas 180 graus). A audição canina é mais sensível e tem um espectro muito maior que a humana. Um ambiente silencioso, como um quarto escuro durante a madrugada, é cheio de ruídos para os cães. Eles percebem sons muito baixos, como passos do outro lado da rua ou o movimento dos ratos entre as paredes, e também sons inaudíveis para o homem, como as ondas de alta frequência emitidas por relógios digitais. Da mesma forma, um cão pode localizar a origem de um som mais rápido que um ser humano. Os dezoito ou mais músculos especializados permitem ao cão dobrar, girar, levantar e baixar as orelhas. No homem, apenas seis músculos sustentam as orelhas.
Os cães descendem dos lobos, e a separação se deu há tão pouco tempo que as duas espécies ainda podem cruzar e gerar descendentes. Mas as diferenças já são enormes. O cérebro do animal doméstico é, em média, 20% menor que o de seu ancestral. Talvez para sobreviver entre os homens eles não necessitem da astúcia de um lobo silvestre. De acordo com Alexandra Horowitz, a ideia de que o dono precisa mostrar que é uma espécie de macho alfa não faz sentido. Os cães também não formam matilhas. Não existe entre eles um macho dominante como há entre os lobos. Talvez o cão veja no homem um companheiro, e não necessariamente um chefe (grifo nosso). O animal domesticado se tornou especialista nas reações humanas. Ele percebe o sentido pela entonação da voz e é capaz de diferenciar o elogio da reprimenda. Da mesma forma, ele olha para o rosto humano em busca de informações, orientações e segurança. No final, é mesmo o melhor amigo do homem.
                                    Com reportagem de Laura Ming
D. L. Anderson

No laboratório
Teste de inteligência canina na Universidade Duke, nos EUA




Fonte: Revista Veja

Chocolate é venenoso para cães ???

Você talvez já tenha ouvido falar que o chocolate mata cachorros. Isso faz sentido? Se eu posso comer chocolate, por que meu cachorro não pode?
Os cachorros e as pessoas são diferentes em várias coisas. Por exemplo, os cachorros podem correr na neve o dia inteiro descalços e isso não lhes traz nenhum problema. As pessoas, por outro lado, podem correr descalças na neve por 30 segundos antes de o pé começar a doer. E há várias outras diferenças.
Acontece que um composto químico chamado teobromina, existente no chocolate, é um problema para os cachorros. A teobromina é semelhante à cafeína. De acordo com esta página (em inglês), a teobromina é tóxica para um cachorro quando ele ingere de 100 a 150 mg por quilograma de seu peso corporal.
Tipos diferentes de chocolate contêm quantidades diferentes de teobromina: embora fossem necessários 600 ml de leite achocolatado para matar um cachorro de nove quilos, uma quantidade de apenas 56 gramas de chocolate Baker's ou 170 gramas de chocolate amargo já seriam suficientes para levar esse mesmo cachorro desta para melhor. Não é difícil para um cachorro achar uma cesta cheia de ovos de Páscoa ou docinhos de chocolate e devorar meio quilo ou um quilo de uma vez só. Se estivermos falando de um cachorro pequeno, isso será letal.
O fato é que envenenamento por chocolate não é tão incomum quanto parece. Para um ser humano, a cafeína é tóxica em níveis de 150 miligramas por quilograma de peso corporal. O mesmo vale para cachorros! Nós geralmente pesamos muito mais do que cachorros, mas não é tão difícil crianças pequenas terem problemas com cafeína ou chocolate se exagerarem na dose. Os bebês são especialmente vulneráveis porque não eliminam a cafeína da corrente sangüínea tão rapidamente quanto os adultos. Assim, se você suspeitar que seu cão comeu uma quantidade excessiva de chocolate, é melhor procurar um veterinário.
Fonte: UOL bichos

7 de dezembro de 2009

Tipos de agressividade

A agressividade em cães tem origens bastante diferentes. Na verdade a agressão nem sempre é demonstrada na forma de mordida, ela pode ser demonstrada através da postura do corpo, rosnados e latidos entre outros, além disso, a agressão pode ser ofensiva ou defensiva.
  Embora nós humanos tenhamos o costume de classificar o comportamento agressivo dos cães como simples e pura maldade, a agressão em si não está relacionada com nenhum sentimento de raiva nestes animais. Cães mordem, atacam, ou ameaçam outros seres para defender seu território, sua posição hierárquica, sua comida, para garantir suas chances de cruzar com uma fêmea e perpetuar a espécie, por medo, para proteger seus filhotes ou para caçar. A escolha cuidadosa do filhote, a socialização, e um bom trabalho de obediência são as melhores ferramentas para se evitar este tipo de problema. A forma mais comum de agressão de cães domésticos contra seus donos é justamente por dominância, que na maioria das vezes é desenvolvida sorrateiramente sem que os donos percebam os erros que estão cometendo e os riscos que estão correndo. Vamos dar alguns exemplos.

Agressão por dominância:

Os cães são animais sociais e nenhum deles espera igualdade. Para o cão o importante é saber qual é a posição hierárquica de cada um da família em relação aos outros, e a própria posição dele. Se perceber que ninguém exerce a liderança do grupo ou exerce sem firmeza e consistência, ele terá o maior prazer em ocupar esta posição. A liderança da matilha não é trabalho fácil para um cão, sendo o líder, ele não pode descansar um minuto pois será o responsável pela guarda e proteção de todos os membros do grupo e por manter todos os membros, você e a sua família, nos seus devidos lugares. Ele não irá aceitar desafios e insubordinação tais como acordá-lo da sonequinha, tirá-lo ou simplesmente sugerir que ele saia de onde estiver, chegar perto da pessoa preferida dele, passar perto da comida ou da cama dele mesmo que ele não esteja lá, ou simplesmente ficar de pé ao seu lado e encará-lo nos olhos sem que haja conseqüências, algumas vezes graves! A maioria dos casos de agressão por dominância ocorre em machos e alguns cães possuem uma predisposição genética que é demonstrada desde cedo. Se corrigidos a tempo desistem de ser o líder mas vez por outra podem tentar medir forças novamente com você. Agressão por dominância é coisa séria e deve ser resolvida o mais cedo possível com um bom trabalho de obediência que vise estabelecer a liderança do dono.

Agressão por possessividade e competitividade:

Este é o tipo de agressividade mais comum entre cães do mesmo sexo que moram na mesma casa ou entre cães e crianças da família. Diferente da agressão por dominância, este é tipicamente um assunto entre "irmãos". Para os cães as crianças são como irmãos com quem precisam disputar uma posição, os adultos devem reforçar a posição delas como superiores e nunca deixar sem supervisão crianças junto com cães. É muito importante as crianças aprenderem desde cedo como tratar um cão com respeito.

Agressão por medo:

Ao contrário da agressão por dominância o cão morde por medo e submissão excessiva. É um tipo de agressão comum em cães que foram pouco socializados e que estranham tudo o que é novo. Também acontece com freqüência em cães que são maltratados ou que sofreram algum tipo de trauma. O melhor é prevenir expondo o filhote a diferentes ambientes, pessoas, sons, objetos e sempre tornar essas experiências prazerosas. Quando apresentar sinais de agressividade por medo, o melhor é procurar um profissional para identificar sua fonte e desenvolver um trabalho com o objetivo de minimizar o problema.

Agressão por proteção territorial ou maternal:

A agressão territorial é geralmente apreciada pelos donos e muitas vezes estimulada. Embora seja uma ferramenta valiosa para a guarda de nossas residências e propriedades, a agressão territorial pode estar associada com dominância ou medo e pode se tornar um perigo se estiver fora de controle. A agressão por proteção maternal está relacionada com um hormônio que precede o cio, chamado progesterona. Sua produção se estende por aproximadamente dois meses nas cadelas que não foram fecundadas e, para as que tiveram filhotes, por mais dois meses após o parto. Algumas fêmeas chegam a apresentar todos os sinais de uma falsa gravidez e tomam certos objetos como se fossem seus filhotes defendendo-os como loucas.

Agressão entre machos:

Este tipo de agressão é muito raro ocorrer entre fêmeas e sua origem parece estar ligada à necessidade de se eliminar a concorrência e assim garantir a propagação das características genéticas do indivíduo, são os típicos machões. Ocorre principalmente quando há uma cadela no cio nas imediações. A castração pode resolver o problema.

Agressão predatória:

Esse tipo de agressão é raro em cães domésticos e é dirigida contra outras espécies, tais como gatos, ovelhas ou coelhos. Muito raramente vai ocorrer se o cão for socializado com o outro animal. Assim, dificilmente um cão que foi criado com um gatinho tentará matá-lo Algumas raças de caça são desenvolvidas com um alto grau de agressão predatória.

Agressão por aprendizado:

Este é o caso de cães que são treinados para serem agressivos. Quando treinados de maneira adequada estes cães são exemplares, podem ser afagados por crianças e andar no meio de uma multidão sem demonstrar o menor sinal de agressividade, mas no segundo seguinte, sob comando, são capazes de atacar e imobilizar uma pessoa com a precisão de uma arma de fogo. Treinar cães para ataque sem que todos os aspectos de socialização, genética e controle sejam observados é muito perigoso e nem todo cão tem o perfil necessário para isso. Tanto o cão quanto o dono têm que ser equilibrados, tranqüilos, sociais, inteligentes e controlados. Infelizmente nem todos têm essas características e muitas vezes os cães são maltratados e surrados para se tornarem mais agressivos. O resultado é o que a gente vê na imprensa, cães que atacam o próprio dono ou pessoas que passam pela rua, algumas vezes resultando em morte. Há também cães que são estimulados pelos donos para atacar outros cães ou até participar de rinhas, um absurdo!

Agressão por causa desconhecida:

Ainda que raros, existem casos em que cães voltam-se contra os donos ou pessoas que eles conhecem, sem que haja nenhum motivo aparente. Quase que de uma hora para outra, estes bichinhos, sempre calmos, educados e obedientes, tornam-se perigosíssimos, rosnando, mordendo ou tentando atacar qualquer um que esteja por perto, para, no minuto seguinte, voltar ao normal. São casos que não estão relacionados com dominância, medo, proteção, doenças ou nenhuma outra causa conhecida, sua origem parece estar profundamente ligada a genética. Esse problema que é conhecido como "Síndrome da avalanche de ódio" e não existe uma cura para este tipo de agressividade. Nos casos em que os ataques são freqüentes e representam perigo para as pessoas, a única solução humana é a eutanásia pois manter o cão preso, isolado ou acorrentado o tempo todo é muito mais cruel.

Fonte: www.adestradorpessoal.com.br
 
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